O termo “sludge content” se refere a vídeos que combinam múltiplos clipes aleatórios e simultâneos na mesma tela, sobrecarregando o espectador com estímulos visuais e auditivos. Essa tendência, popularizada no TikTok, atrai principalmente a Geração Z, que tem um consumo digital acelerado e busca dinamicidade.
Para esse público, o formato oferece uma experiência de escapismo, combinando elementos satisfatórios, como o ASMR, com a liberdade de escolher em qual parte do vídeo focar a atenção. Essa possibilidade de alternar entre estímulos reduz a chance de tédio, aumenta a retenção e impulsiona o engajamento dos vídeos, contribuindo para a popularidade do formato.
No entanto, o sludge content tem seus prós e contras. Do lado positivo, ele representa uma oportunidade para marcas que desejam se conectar com a Geração Z, criando conteúdos que integram seus produtos de forma leve e visualmente estimulante. Esse formato permite que as marcas construam uma presença quase hipnótica, aproveitando a capacidade do sludge content de capturar a atenção por longos períodos. Para o marketing, isso significa maior exposição e engajamento, pois o público jovem tende a retornar para vídeos que proporcionam uma experiência imersiva e distraída ao mesmo tempo.
Por outro lado, o excesso de estímulos no sludge content pode ter efeitos negativos, como promover uma experiência de consumo superficial e diminuir a capacidade de atenção contínua. Com a rápida alternância de informações, esses vídeos podem gerar uma forma de consumo “lamacento”, onde o espectador raramente absorve um conteúdo em profundidade. Essa fragmentação pode prejudicar o entendimento da mensagem e até limitar o vínculo emocional entre a marca e o consumidor, reduzindo o impacto a longo prazo.
Ainda assim, o sludge content se consolida como uma tendência que as marcas precisam acompanhar de perto. Ao explorar esse formato, elas devem equilibrar a criação de uma experiência visual atraente com o cuidado para não diluir a mensagem. Esse fenômeno reflete a transformação dos padrões de consumo digital e o desafio de engajar uma geração cada vez mais acelerada e exigente, onde a criatividade é essencial para garantir relevância e visibilidade.