Pix: aumento no uso diminui o volume de compras parceladas no e-commerce

O Pix já representa mais de 25% dos pagamentos no e-commerce brasileiro, de acordo com um estudo da Neotrust.

A confiança no sistema, a facilidade de uso e os descontos oferecidos pelos varejistas são os principais motivos para a alta adesão. Em 2022, quando foi implementado, o Pix respondia por apenas 4,7% das compras online, enquanto os boletos bancários, que representavam 16,5%, hoje são usados por apenas 7,8% dos consumidores.

O aumento no uso do Pix tem diminuído o volume de compras parceladas no e-commerce. As vendas à vista, que eram 62,12% no primeiro trimestre de 2022, passaram para 64,89% no mesmo período de 2024. Em abril deste ano, o Pix bateu um novo recorde com mais de 200 milhões de transações em 24 horas, segundo o Banco Central.

A pesquisa “Panorama do E-commerce no Brasil” também revelou que o e-commerce brasileiro cresceu 50% em faturamento comparado aos níveis pré-pandemia. A região Nordeste ultrapassou o Sul em vendas, com um ticket médio de R$338,60, representando 16,4% do faturamento total, enquanto o Sudeste lidera em participação de mercado com 58%, mas tem o menor ticket médio de R$213,70. O Norte, apesar de ter apenas 2,5% de market share, possui o ticket médio mais alto de R$368,70.

Além disso, a pesquisa aponta uma redução no uso do frete grátis, que caiu de mais de 60% em 2022 para 54,2% em janeiro de 2024. Itens como telefonia, perfumaria, pet shop e farmácia são os mais comprados com frete grátis.

As mulheres continuam sendo as principais consumidoras no comércio digital, representando 61,3% das vendas em março de 2024, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao ano anterior. Elas dominam a maioria das categorias, como beleza, moda e pet shop.