Em ano de olimpíadas, atletas podem ser propulsores de marcas

Não é de hoje que atletas estão se tornando influenciadores e isso tem mudado suas relações com as marcas, o que é potencializado pela atenção dada aos atletas em ano olímpico. Se antes eles se preocupavam apenas com suas performances no esporte, agora também gerenciam suas carreiras fora dele, criando conteúdo e escolhendo cuidadosamente as marcas com as quais se associam.

No Cannes Lions 2024, a relação dos atletas com as redes sociais e as marcas foi um tema central. Atletas da NFL destacaram como equilibram suas carreiras de esportistas e criadores de conteúdo, selecionando marcas que respeitam sua autenticidade e valores pessoais. 

Midge Purce, jogadora da liga americana de futebol feminino e defensora da inclusão feminina no esporte, ressaltou a importância da personalização no marketing, recomendando que as marcas valorizem a singularidade de cada atleta. Isso reflete uma tendência crescente de colaboração autêntica entre atletas e marcas, onde os atletas não apenas promovem produtos, mas também participam da criação de conteúdo.

A estratégia “helmets off” da NFL exemplifica como humanizar os jogadores pode atrair novas audiências. Ao mostrar os jogadores fora do campo, a liga americana de futebol tem se aproximado de uma geração mais jovem e diversificada. Isso inclui a realização de jogos fora dos EUA, como o planejado para o Brasil, e a produção de conteúdos que revelam os bastidores da vida dos atletas, como a série documental “Quarterback” na Netflix.

Além disso, a próxima edição dos Jogos Olímpicos, em Paris, marcará um avanço significativo na participação feminina, com igualdade de gênero nas cotas de vagas. As mudanças no esporte feminino também representam uma grande oportunidade para as marcas. A visibilidade e a atenção que as atletas mulheres estão recebendo estão gerando resultados significativos, com a indústria esportiva feminina projetada para ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em receitas em 2024, segundo a Deloitte.